
Montes Claros sedia lançamento da Operação Rondon Minas Gerais com participação das Forças Armadas Brasileira
Representantes das Forças Armadas Brasileiras estiveram em Montes Claros, no Norte de Minas, para o lançamento da “Operação Rondon Minas Gerais”. A ação faz parte do Projeto Rondon, que cria oportunidades para que jovens universitários vivenciem diferentes realidades do Brasil e, por meio da prestação de serviços voluntários, coloquem em prática tudo o que aprenderam […]

Representantes das Forças Armadas Brasileiras estiveram em Montes Claros, no Norte de Minas, para o lançamento da “Operação Rondon Minas Gerais”. A ação faz parte do Projeto Rondon, que cria oportunidades para que jovens universitários vivenciem diferentes realidades do Brasil e, por meio da prestação de serviços voluntários, coloquem em prática tudo o que aprenderam nas universidades para melhorar o local onde estão atuando.
Em Minas Gerais, a operação conta com a participação de 252 Rondonistas, que são estudantes e professores universitários de intuições participantes do Projeto Rondon. Além disso, 25 faculdades promoverão o desenvolvimento sustentável dos municípios de Campo Azul, Cristália, Engenheiro Navarro, Grão Mogol, Ibiaí, Ibiracatu, Itacambira, Josenópolis, Lagoa dos Patos, Olhos D`Água, Ubaí e Varzelândia, todos da região Norte de Minas.
Com euforia, o coordenador regional da Operação Rondon Minas Gerais, Coronel William Silva da Cunha, contou que esta é a primeira ação presencial pós pandemia no Estado. “Ficamos, por dois anos, atuando de forma remota. Agora, estamos orgulhosos em poder participar de forma presencial. O contato frente a frente é bem mais proveitoso”, revelou.
Desde 2005 o Projeto Rondon atua com a sustentabilidade local aliada à educação universitária. O Coordenador Geral do Projeto Rondon, Coronel Fernandes, também esteve no lançamento da operação e contou um pouco sobre suas experiências no Exército Brasileiro e exaltou os jovens voluntários. “O Rondon está de pé por causa dos Rondonistas, que se voluntariam e saem de seus Estados para executarem um trabalho brilhante em cidades que precisam de tal suporte. Os Rondonistas fazem a história e a diferença nos municípios onde atuam”, enalteceu.
Vindo de Colatina, no Espírito Santo, o estudante de medicina Carlos Werneck atuará na cidade de Lagoa dos Patos. Ele contou que está ansioso para começar as intervenções no município mineiro. “A expectativa é muito grande, principalmente depois de dois anos de pandemia. Então, estamos buscando um olhar diferenciado e humanizado para a população. Vamos trabalhar com capacitações e minicursos para toda a população na área da saúde”, disse.
A estudante de comunicação Ana Lima contou que está empolgada para conhecer a cultura mineira. “É a primeira vez que participo de uma operação pelo Projeto Rondon e, também é a primeira vez que venho a Minas Gerais. Então, está sendo muito prazeroso porque é um novo ambiente, novas culinárias e culturas”, revelou.
Os professores universitários também estão entusiasmados em participar da “Operação Minas Gerais”. “Acredito que vai ser um processo de ensino e aprendizagem muito amplo. Nós, enquanto Rondonistas, temos muitas coisas para ensinar tanto para os alunos, quanto para a população das cidades, mas também temos muito o que aprender em cada município que iremos.”, contou a professora de medicina do Centro Universitário Espírito Santo.
O lançamento da operação contou ainda com um resumo sobre as forças armadas brasileiras. O Coronel Hildegard Borda de Vasconcelos explicou sobre as atribuições do Exército Brasileiro e quais as formas de ingresso. O Capitão de Corveta, Pedro Marcon, revelou as funções da Marinha do Brasil. Já o Tenente Coronel Aviador Érick Martins Soares Zéca falou a respeito da Força Aérea Brasileira.
55 anos do Projeto Rondon
Prestes a completar 55 anos, o Projeto Rondon é uma iniciativa do Governo Federal, coordenado pelo Ministério da Defesa com o apoio das Forças Armadas. Além disso, o projeto conta ainda com a participação dos Ministérios da Agricultura, Educação, Cidadania, Saúde, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Secretaria de Governo da Presidência da República.
O Projeto Rondom começou em 11 de julho 1967, quando 30 universitários e dois professores conheceram de perto a realidade amazônica de Rondônia. Atuando com a sustentabilidade local em parceria com a educação universitária desde 2005, os alunos e professores participantes, chamados de Rondonistas, ficam cerca de quinze dias nas cidades onde atuarão, trabalhando para melhorar a qualidade de vida dos municípios escolhidas pelo Ministério da Defesa.
Desde 2005, o Projeto Rondon já realizou 85 operações em 24 estados brasileiros. Ao todo, foram mais de 23.000 Rondonistas e 2.300 instituições de ensino superior participantes. Todo esse time já beneficiou mais de 1.200 municípios, o que significa mais de 2 milhões de pessoas capacitadas.
O chapéu dos Rondonistas
Símbolo do Projeto Rondon, o “Chapéu dos Rondonistas” teve origem quando, em 1967, os integrantes da “Operação Zero” chegaram ao 5º batalhão de Engenharia de Combate. Lá, a equipe recebeu um chapéu como acessório para integrar o uniforme do time.
Mantendo esta tradição, os professores universitários entregaram o “Chapéu do Rondonista” aos estudantes durante a abertura da “Operação Rondon Minas Gerais”, em Montes Claros. “O Chapéu’ é um signo que confere uma distinção ao professor e ao universitário que tomam parte em uma operação, marcando-os definitivamente como Rondonistas. A entrega deles é feita apenas em atividade solene, ou seja, em aberturas de cada operação.” explicou o Coordenador Geral do Projeto Rondon, Coronel Fernandes.
*Este conteúdo não ficou disponivel durante o periodo eleitoral, em cumprimento a legislação.