Patrimônio vivo da educação mineira, a Escola Estadual Afonso Pena, em Belo Horizonte, abre suas portas para a 10ª edição da mostra Modernos Eternos. De 24/6 a 20/7, o prédio centenário — símbolo da arquitetura e da história da capital — será palco de 47 ambientes criados por grandes nomes da arte, do design e da arquitetura. A ocupação cultural celebra o legado da escola pública e reforça o papel da unidade como espaço de memória, aprendizado e transformação.

Apresentada pelo Governo de Minas e pela Cemig, a edição 2025 da Modernos Eternos BH tem como tema “Educação em Minas Gerais: do século XIX aos dias atuais”. A escolha da Escola Afonso Pena como sede é carregada de simbolismo: além de representar a tradição da educação pública no estado. 

“Quando acreditamos no potencial da escola pública e unimos forças em torno de um projeto transformador, o resultado é esse: um espaço que inspira, acolhe e faz a diferença na vida de quem ensina e de quem aprende. Tenho certeza de que cada servidor, cada estudante que passar por aqui sairá tocado por essa experiência”, afirma o secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga.

Restauração do prédio histórico 

A realização da mostra antecede o início das obras de restauração total da escola, anunciadas pelo Governo de Minas em abril deste ano. Com investimento de R$ 7 milhões, a intervenção contempla a modernização dos ambientes internos e a adequação do prédio às normas de acessibilidade, respeitando as características históricas da construção.

A reforma atende a uma antiga demanda da comunidade escolar e será executada por empresas especializadas em imóveis tombados. Para garantir a continuidade das aulas durante o período de obras, os estudantes foram transferidos temporariamente para um anexo da Escola Estadual Governador Milton Campos, nas proximidades. A previsão é que as obras comecem em agosto de 2025.

Educação, história e arte em diálogo

Fundada em 1897, a Escola Estadual Afonso Pena foi uma das primeiras edificações erguidas no projeto urbanístico da nova capital mineira. Com traços neoclássicos, o prédio tornou-se referência em educação e formou gerações de mineiros ilustres, como Guimarães Rosa e Fernando Sabino.

Durante a mostra, o público poderá vivenciar experiências que entrelaçam passado e presente. Além da ocupação da escola e da Casa de Afonso Penna Jr., a Modernos Eternos contará com programação paralela em outros espaços culturais da cidade, como o Museu Mineiro, o Arquivo Público Mineiro e a Casa Fiat de Cultura. Oficinas, exposições e homenagens a educadores históricos completam o roteiro, fortalecendo o vínculo entre patrimônio, identidade e educação pública.

_{Fotos: Divulgação Modernos e Eternos / BS fotografias}