A Secretaria de Estado de Educação divulgou a relação das escolas estaduais reconhecidas na iniciativa Boas Práticas do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), nesta segunda-feira (27/11). O edital previa que três escolas seriam escolhidas com a divulgação das práticas adotadas, mas em virtude do grande volume de sugestões recebidas, o número de instituições reconhecidas passou para 12 entre as 719 escolas do EMTI. 

De acordo com a Coordenação do EMTI, será disponibilizado para toda a rede um portfólio com as práticas inscritas. “Após cuidadosa curadoria chegamos ao resultado escolhendo 12 práticas como as mais relevantes, levando em consideração os critérios do edital. Porém, como todos os projetos fortalecem os princípios da educação integral, disponibilizaremos para a rede um portfólio com todas as práticas inscritas”, explica Cláudia Lobo, coordenadora do Ensino Médio em Tempo Integral. 

As atividades de Boas Práticas foram divididas em três categorias: Protagonismo, Gestão e Pedagógico. A primeira é voltada às ações que foram desenvolvidas nas escolas EMTI pelos estudantes enquanto protagonistas ativos do processo. Na categoria Gestão foram destacadas ações para promover o acompanhamento da correta aplicação do modelo e da gestão escolar em suas várias esferas. Já no Pedagógico fazem parte as iniciativas que tenham a finalidade de assegurar o desenvolvimento dos estudantes, alinhadas às Competências para o Século XXI, à Formação Acadêmica de Excelência e à Formação para a Vida.

Para Michelle Nunes de Sousa, diretora da Escola Estadual Nossa Senhora da Abadia, uma das escolhidas no Boas Práticas no Ensino Médio, o resultado foi muito positivo. “Na busca de incentivar o protagonismo estudantil nos alunos do EMTI, buscamos várias maneiras de ouvi-los. As rodas de conversa sempre foram um mecanismo dinâmico e assertivo, porém notamos que os estudantes mais tímidos dificilmente participavam.  Pensando nisso, criamos a caixa de sugestões, que fica permanente no refeitório, com livre acesso. A cada 15 dias fazemos a leitura dos recados e colocamos em prática as solicitações possíveis”, afirma a diretora da escola reconhecida na categoria protagonismo. 

Conheça as escolas vencedoras:

→ E.E. Ministro Alfredo Vilhena Valladão, em Belo Horizonte

Projeto: Setembro Azul – Conhecendo para incluir. A proposta é formar e informar a história e os direitos das pessoas surdas, além de promover a divulgação da história do setembro azul, campanha de conscientização sobre lutas e conquistas das pessoas com deficiência auditiva.  

→ E.E. EE Neca Quirino, em Passos 

Projeto: Rádio Jovem. Surge como uma plataforma inovadora para dar voz e visibilidade aos jovens, permitindo-lhes compartilhar suas perspectivas, preocupações e conquistas, concedendo um espaço de expressão livre, engajamento cívico e entretenimento enriquecedor.

→ E.E. Nossa Senhora da Abadia, em Uberaba

Projeto: Protagonismo em Ação. Com o objetivo de proporcionar um diálogo participativo entre os estudantes, a iniciativa propõe reuniões quinzenais para desenvolvimento de projetos e caixa de sugestões colaborativa entre os estudantes. 

→ E.E. Rui Barbosa, em Tarumirim

Projeto: Valores e Competências para o Século XXI, dividido em duas ações para 1º, 2º e 3º ano. Um deles visa a arrecadação de produtos de limpeza, fraldas geriátricas e itens de higiene pessoal para doação à uma instituição da cidade. E o segundo é uma mini feira de ciências e tecnologia desenvolvida com objetivo de expor as atividades e experimentos realizados ao longo do primeiro semestre nas aulas de práticas experimentais.

 → E.E. Senador Levindo Coelho, em Ubá

Projeto: Integração de Práticas Experimentais no Cotidiano.Durante o projeto, os alunos se empenharam em apresentar uma série de práticas experimentais de baixo custo, que trouxeram os conceitos aprendidos em sala de aula para a vida real.

 → E.E. de Montalvânia, em Montalvânia

Projeto: Museu Virtual – Arte e Ciência. O projeto foi desenvolvido em conjunto com os professores da área de Ciências da Natureza, e consistiu em oportunizar aos alunos do EMTI uma visita virtual a museus do Brasil e do mundo, como o Museu de Zoologia da USP, o Museu do Louvre em Paris, entre outros.

 → E.E. Modestino Andrade Sobrinho, em Sete Lagoas

Projeto: Compostagem na escola. Durante o processo de idealização até a obtenção dos produtos finais do projeto foi apresentado aos alunos a problemática existente decorrente do descarte inadequado de resíduos sólidos. 

 → E.E. Galdino Ananias de Santana, em Ressaquinha

Projeto: Comunidade Quilombola e Comunidade Escolar. O projeto foi estruturado em etapas como visita guiada; levantamento de demandas da comunidade; exposição de fotos e confecção de um portfólio/inventário cultural visando através de seus objetivos promover o autoconhecimento e dar condições ao fortalecimento da uma identidade.

→ E.E. Professora Nhanita, em Santa Bárbara

Projeto: Construção do Espaço de Descompressão. Com a divisão da estrutura com a rede municipal, o desafio de acolher os jovens e deixá-los confortáveis e com alguma liberdade na escola, principalmente nos momentos livres fez com que a gestão transformasse um espaço que era usado como um depósito de material em um espaço de descompressão nos momentos livres.

→ E.E. Leanir de Assis Magalhães, em Pocrane

Projeto: Orelhão.  A mudança começa quando se está disposto a ouvir. Por isso é oferecido um espaço amplo e coletivo de discussão. Ou seja, todos devem ser responsáveis pelas decisões tomadas na instituição. A gestão visa aproximar escola, pais e a comunidade para promover uma educação de qualidade e que estimule o exercício da cidadania. 

→ E.E. João Teixeira Siqueira, em Muriaé

Projeto: Ilhas Criativas – Professor Criativo, Aluno Proativo. A idéia é proporcionar ao educador uma formação focada no desenvolvimento da criatividade na construção de suas práticas pedagógicas através de 13 Metodologias Ativas pré-selecionadas pela Gestão Pedagógica. 

→ E.E. Magno Claret, em Pedro Leopoldo

Projeto: Estudos orientados. O objetivo é mensurar os resultados das avaliações semanais com agilidade e fluidez, melhorar a produtividade da equipe escolar, padronizar processos, reduzir erros humanos e diminuir o tempo de respostas à equipe escolar.